Preço do botijão de gás dobrou no período 1995-2014
07/01/2014
A assessoria técnica do Sindicato Estadual dos Revendedores de Gases em Geral do RS – SINGASUL, sediado em Cachoeira do Sul - a partir dos últimos levantamentos do IBGE sobre a inflação no período pós instituição do Plano Real (1995), simulou o aumento real do GLP evasado em botijões de 13 Kg no Estado.
Foi constatado que o preço médio era de R$ 5,60 em 1995. Esse valor, corrigido pelo IPCA-IBGE até dezembro de 2013, atinge, em termos nominais, R$ 20,93. Como no levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), referente a dezembro de 2013, o botijão de 13 Kg, no Rio Grande do Sul, estava cotado a R$ 41,95 em média, a relação entre as duas variáveis (41,95 : 20,93 – 100 ) aponta a valorização de 100,4% sobre o preço de 1995 deflacionado. “Então, realmente o que se constata é que o botijão doméstico de gás de cozinha dobrou o seu preço real nos últimos 18 anos”, explica o presidente do Singasul, Ronaldo Tonet.
Em comparação com a valorização do salário mínimo, verifica-se que este passou de R$ 100, em 1995, para R$ 724, em 2014, quando, pela inflação do período, deveria ser de R$ 373,80. Seguindo a mesma fórmula matemática (724 : 373,80 – 100) o aumento real deflacionado do piso nacional dos salários atingiu de 93,7% no período.
Como os aumentos reais foram semelhantes entre o botijão e salário mínimo, praticamente não houve variação na relação salário mínimo nacional versus botijão de 13 Kg. “Em 1995, um trabalhador que recebesse líquido o piso nacional de salários poderia comprar 17,8 botijões. Hoje, pela média de R$ 41,95, no RS, adquire 17,2 botijões” calcula Tonet.
Tabela comparativa Salário Mínimo/Botijão 13 Kg
|
R$ 1995 |
R$ Dez/2013 |
Variação % deflacionada |
Salário mínimo (BR) |
100 |
724 |
93,7 |
Botijão 13 Kg (RS) |
5,60 |
41,95 |
100,4 |